Porque tinhas que virar estrela,
inacessível, sangrando em mim,
desandei do teu rastro
- luz esquiva, piscando na distância escura
e já não te refletes no poço
onde agora pouso as mãos em concha.
Agora mato a sede na água
de onde arranquei teus olhos
e na cacimba cega,
recolhendo o vício de tua ausência,
sobrevivo como exilado
e me esqueço feito suicida.
(Por que tinhas que virar estrela
e levar contigo a borboleta
que pousava em minha boca,
deixando um caranguejo apenas
mexendo por baixo da minha pele?)
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