Circulava tão ambígua,
tão ambígua,
com o álibi da fragilidade.
(Ai, a culpa de se revoltar contra os crimes
de alguém tão frágil!)
As palavras se desdiziam,
atraiçoavam-se mutuamente,
mentiam-se sem escrúpulos
em sua boca.
E o furta-cor entrava pelos olhos,
pelos ouvidos
da vítima e da testemunha
de seus crimes.
E sua loucura enlouquecia a vítima
e a testemunha
de seus crimes.
Furta-cor, ambígua...
Em sua língua cambiante
se entrelaçavam cruelmente
o sim e o não.
Onde terminaria a loucura,
onde começaria a crueldade?
Ou estaria na loucura a crueldade
como o furta-cor de sua língua?!
1/13/2009
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