1/02/2009

URGE

As palavras se agitam no peito famintas
feito cães esquecidos presos num canil.
É preciso dar comida às palavras
que se movimentam desesperadas,
famintas.
É preciso encontrar comida para as palavras
antes que devorem o peito,
a garganta,
a língua.

Urge. Urge.
E noite e dia, dia e noite,
procura-se a comida das palavras
que não dão tréguas
com seus ganidos de fome.

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