Vinte e poucos anos,
o pescoço partido num acidente,
parecia estar dormindo
como a bela adormecida.
E toda aquela graça,
aquele sorriso,
a leveza dos movimentos do corpo esguio
imobilizavam-se.
Toda a palavra que perfumava
a flor da boca
e os dentes alvos
calava-se.
Vinte e poucos anos,
loura e linda,
era difícil acreditar
que o corpo apodrecia agora,
sob a terra.
Vinte e poucos anos,
teria eternamente vinte e poucos anos,
num bailado etéreo
com a leveza de uma libélula.
Deve ser assim que nascem as fadas.
1/02/2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário