Maurício de Macedo
"passarão.../ Eu passarinho!"
Mário Quintana
Pequenos psicopatas
em seus pequenos cargos
de chefia.
Transformariam o mundo
e esmagariam a rebeldia
do servidor desatento
metido a fazer poesia.
(Não era um regime totalitário,
mas acalentava-se a utopia.)
Pequenos psicopatas
em seus pequenos cargos
de chefia.
Fazer um colega de trabalho
adoecer
era de fato o grande poder.
Pequenos psicopatas
em seus pequenos cargos
de chefia.
A poesia às vezes tem dó
daquelas almas penadas
e lhes dá uma chance de saírem
- pequenas e raras escapadas -
dos gabinetes das repartições
onde vagueiam condenadas.
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