Maurício de Macedo
"Ainda marcada
pelo beijo teu",
ele vai cantarolando
a canção popular,
ainda que a boca
já não seja a mesma
e ele já não seja o mesmo.
Bela e pretensiosa a letra
quando os amantes já não existem.
("Ninguém é de ninguém",
diz uma outra mais realista.)
"Negue que me pertenceu"?
À canção apenas pertence
- verso dançando na brisa -
a marca do beijo do artista.
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