6/29/2021

Em pelo

Maurício de Macedo

Seguro suas crinas com minhas mãos nuas,
encosto o meu rosto no seu pescoço,
aperto suas ancas com meus pés descalços.
Ele corcoveia nervoso
e segue em desabalada carreira
 - os cascos arrancando fagulhas
das estrelas.

Que seja um cavalo o poema.
Não tenho inveja do jóquei
no hipódromo
nem do peão no rodeio.

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