Maurício de Macedo
Dividem a poesia
em poesia de direita
e poesia de esquerda.
E usando clichês
à guisa de coquetéis-molotov,
pretendem assaltar o Parnaso
e violentar a Musa.
Indiferente a cacoetes
e esperneios,
a Musa sabe que existe apenas
poesia e não-poesia.
E sorri inatingível.
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