Maurício de Macedo
Há uma flor
no sorriso cansado
da operária
na linha de montagem
e da bancária
no caixa do banco.
Há uma flor
na firmeza da palavra
da médica no consultório
e da engenheira na obra.
No ventre de todas,
uma rosa
- maciez das pétalas,
ferida dos espinhos.
Ninguém tem mais poder
do que elas.
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