Mal dormi.
O arrulho amoroso das palavras
toi espantado pelos guinchos das aves de rapina.
E a noite insone dói no meu corpo.
Mal dormi.
E não encontro o mapa da cidade,
o itinerário que me conduza ao bairro,
à rua, à casa
do consulado da poesia,
onde costumo pedir asilo.
E o medo abre suas asas negras
no peitoril da janela.
Onde esqueci o mapa da cidade, meu Deus?
Teria, porventura, perdido o mapa?
Teriam roubado o mapa os agentes da grande
máquina?
É preciso encontrá-lo. O tempo urge.
É preciso encontrá-lo para doer menos.
1/02/2009
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