1/02/2009

ENQUANTO PUDER CHAMÁ-LA

Os banqueiros dormem tranqüilos,
o lumpen é adulado pelo poder,
os burocratas exercitam a idéia bixa.
Entre o beijo clandestino
e o terror a invadir as horas,
a violentar as madrugadas,
o coração se debate.

Na manhã que surge, escuro ainda,
sento-me à mesa e convido a poesia
- sobrevivente e testemunha de todos os crimes,
das inquisições,
dos campos de concentração,
dos gulags...
E ela me diz e eu sinto
que terei forças enquanto puder chamá-la.

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